sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tirando a Barriga da Miséria no CALABOUÇO DAS PEÇAS

Após uma semana realmente infernal, na qual tive que abdicar de várias sessões de joga (tendo que faltar, inclusive, ao CAMPO DE BATALHA DAS PEÇAS), ontem tirei a barriga da miséria.

À princípio, pensei em agitar uma parada na minha casa mesmo, até que o Fel me deu a idéia de aparecer no CALABOUÇO DAS PEÇAS e jogar coisas novas. Convidei o Dotto e o Moreto, dois amigos da época do colégio que estão começando a jogar direto comigo (tanto que o Moreto, em sua viagem à Alemanha, comprou uma porrada de jogos, incluindo o AGRICOLA em alemão – não me pergunte), e eles toparam a empreitada.

Chegamos no CALABOUÇO por volta das 22hs. Fomos recepcionados pelo Fel e a casa já tava bombando. Tinham 3 mesas rolando ao mesmo tempo. Esperamos um pouco até que as mesas acabassem e novas tomassem início.

Daniel “Original” puxou um AGRÍCOLA, com espaço para mais dois. Declinei do convite e passei a oportunidade para o Moreto e o Dotto, que o conheciam ainda.

Esperei o Cacá terminar a partida de GALAXY TUCKER que tava rolando com o anfitrião, o Artur, para jogar algo.

Cacá abriu uma mesa de ENDEAVOR, que eu já tava na pilha de conhecer há bastante tempo. Completaram a mesa conosco o Carlão, o Renato e o Franklin, que cuidou de explicar as regras e fazer uma pequena learning session antes de começarmos. Basicamente, pareceu-me mais um jogo de colonização com controle de área, algumas cartas pokemon e um belo visual.

Todos começamos na Europa e, aos poucos, vamos abrindo as outras áreas do tabuleiro/mapa à medida em que enviamos os nossos navios pelo mundo afora. Aquele que mandar mais navios para uma determinada área ganha a carta de governador quando ela finalmente é descoberta, deixando a área aberta à colonização de todos que participaram da expedição. Esta parte da mecânica do jogo achei particularmente interessante.

Perdemos muito tempo no começo do jogo disputando apenas Europa. Cacá desenvolveu rapidamente sua capacidade de construção e foi o primeiro a criar o “barracks” pra pancar geral. O resto do pessoal seguiu a mesma estratégia. Tentei inovar e partir para uma investida não-agressiva. Claro que não funcionou! Em pouco tempo estava sem territórios na Europa.

Tentei uma tática mais arrojada, comecei com um “shipyard”, aumentava sempre que podia o número dos meus caboclos e comprei os dois prédios de “cartógrafo”, o que deixou o Cacá fulo da vida. Em vez de perder tempo na Europa, parti para as desbravações de territórios, tanto que consegui pegar a carta de governador de três locais diferentes. Entretanto, cometi um erro crasso para esse tipo de jogada: eu não tinha dinheiro suficiente para tirar meus cubras dos prédios usados e realocá-los em outras funções, o que me custou a perda de vários territórios que eu descobria, mas não conseguia colonizar. Ou seja, perda de valiosos pontos de vitória. Assim, apesar de ter conseguido uma boa arrancada em pontos de vitória em médio prazo, acabei empacando e não consegui ir adiante.

A partida terminou com a vitória do Carlão (que veio comendo pelas bordas e arrancou no final) com 57 pontos de vitória. Cacá e eu terminamos empatados em último lugar com 44 pontos.

Pretendo jogar ENDEAVOR de novo e explorar novas possibilidades.

Pouco tempo depois terminou a partida de AGRICOLA (Daniel “original” ficou em primeiro, com mais de 30 pontos; Moreto ficou em segundo com aproximadamente 25 e Dotto ficou em último com 10 pontos).

Enquanto Cacá montava uma mesa de NIAGARA com Fel e outros, joguei CAN’T STOP com Dotto e Moreto. “Original” cuidou de nos explicar as regras. É um dice fest bem divertido, no qual você tem que saber a diferença entre ser destemido e bancar o morcego guloso, o que te leva a perder tudo. Apenas os arrojados têm chance nesse jogo. Dificilmente um conservador ganhará uma partida. Uma vez mais minha falta de sorte nos dados compareceu para dizer oi, o que me custou 4 rodadas inteiras sem conseguir fazer porra nenhuma. Moreto saiu na frente, mas logo foi ultrapassado pelo Dotto, que venceu o jogo.

Depois dessa, já tinha passado das 2 da manhã. Moreto e Dotto, cansados, partiram. Como tava na pilha, fiquei para jogar mais alguma coisa.

Para terminar a noite, Fel pegou o KINGSBURG com todos os itens da expansão e montou uma mesa de 5 jogadores, da qual Artur e eu fizemos parte.

Foram distribuídas as cartas de personagens ajudantes e as trilhas alternativas de construção.

Fiquei com a trilha de construções bridge/altar/monastery/basílica e, confiando na minha ausência de sorte nos dados, com a carta do Schemer (no final de cd temporada de produção, se pelo menos um adversário influenciou um conselheiro de número 14 ou mais, vc ganha um ponto de vitória), apenas não contei que o Universo como um todo conspiraria para que todos os outros jogadores também tivessem azar nos dados.

Os resultados nos rolamentos dos dados foram realmente pífios. Conseguimos influenciar poucos conselheiros de número acima de 14 e ninguém conseguiu os favores do Rei. Influenciei a Rainha apenas uma vez. Tudo isso fez com que a cubreada rolasse solta para influenciarmos os conselheiros mais baixos.

As cartas de eventos anuais também não facilitaram as nossas vidas, muito pelo contrário. O Rei ficou doente durante um ano e, inclusive, saiu a carta de “inundação” (cada um dos jogadores é obrigado a dar duas peças de pedra no final do outono para o Rei; quem deixar de dar uma peça, perde 2 pontos de vitória; quem deixar de entregar as duas, perde um prédio). Nem a carta de “ano bom” nos salvou, apenas garantiu que tivéssemos um ano medíocre em vez de um ano horroroso.

Mantive minha estratégia padrão de priorizar as construções militares e, então, partir para as que davam mais pontos de vitória. Não foi vencedora, mas não me deixou fazer feio numa mesa com tantos cobras.

Artur terminou em primeiro com 52 pontos; eu fiquei em segundo com 48; e Fel ficou em quarto com 41 pontos.

2 comentários:

  1. "ntretanto, cometi um erro crasso para esse tipo de jogada: eu não tinha dinheiro suficiente para tirar meus cubras dos prédios usados e realocá-los em outras funções".

    Quando alguém me perguntar como foi minha primeira partida de Edeavor eu vou colar esse trecho e dar o copyrigh correto.

    Dos quatro itens, é o menos intuitivo e a gente sempre se liga para o que que serve quando é tarde.

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  2. Essa é uma verdade.

    EU fui com muita sede ao pote e priorizei o número de cubras em vez do potencial de realocação deles. Achei que o primeiro poderia suplantar a falta do segundo. QUando percebi que isso não ocorreria, já era tarde, o que me obrigou a comprar um banco no oitava (e final) rodada do jogo para tentar algo desesperado (e se vc parar para pensar, comprar um banco - construção de 2° nível - na última rodada, já é algo de desespero).

    Não dá para expandir sem ter dinheiro. A questão do jogo é achar o equilíbrio.

    Espero jogar de novo e compartilhar as experiências posteriores.

    Obrigado pelo comententário e espero que volte outras vezes.

    Abraços do Zombie

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