domingo, 17 de julho de 2011

Torre de Julho

Encerrando minhas atividades de férias (o que é bom dura beeem pouco), dei uma chegada na Torre das Peças, depois de meses de ausência, para rever os amigos, colocar o papo em dia e, claro, jogar.

O evento em si não estava particularmente lotado, pelo menos até a hora que fiquei, em torno de 15:30, o que possibilitou partidas tranquilas sem ter de disputar a tapa as mesas. De manhã, apenas as figuras carimbadas de sempre. Conforme a tarde foi chegando, mais gente foi dando as caras.


Assim que cheguei à Torre, comecei logo os trabalhos em uma mesa de Star Trek - Expeditions com Gláucio jogando com Spock, Groo de Kirk, eu de McCoy e Chris (que chegou na segunda rodada) de Uhura.


Este foi um dos últimos jogos do bom Dr. Knizia e me pareceu o mais temático dos últimos tempos de sua autoria, apesar disso não significar uma imersão total no tema. O jogo é cooperativo e lutamos contra o tabuleiro, que representa a ameaça klingon. Temos de chegar a um planeta (o nome não me lembro) e resolver problemas de 3 naturezas (rebelião civil, energia e política) antes que a Enterprise, que está na órbita, seja destruída pela nave Klingon que fica rondando e atacando, ou antes que os Klingons cheguem em peso para a invasão, o que ocorre se o marcador de data estelar chegar a 30. Para concluir as missões, somos teletransportados de nossa nave à várias regiões do planeta e temos de concluir diversas missões.

Cada um dos personagens tem uma habilidade diferente, o que é bem legal. Todas as minis são do sistema heroclix (com a base rotatória para marcar a variação dos atributos conforme se leva dano) o que achei uma boa sacada. Uma mecânica que achei legal foi o quadro de pontos de cada uma das missões (rebelião civil, energia e política): conforme o nível de sucesso ou falha na realização das missões que aparecem, os seus pontos (cujo marcador começa no zero) diminuem ou aumentam; caso as missões sejam completadas antes da invasão dos Klingons, mas um destes marcadores estiver abaixo de zero, a missão é dada como um fracasso total e a partida é perdida. Infelizmente, neste mesmo quadro está minha maior crítica: houve uma falha grotesca na parte final de desenvolvimento do jogo e onde deveria constar energia ficou ecologia e todos os textos, que deveriam estar focados na questão do controle das fábricas de energia estão voltadas para o meio-ambiente (o que também é uma preocupação válida, mas não nada a ver com a temática do jogo). No geral, Star Trek - Expeditions acaba sendo um jogo não-demorado (sem ser rápido), leve e bom; a rejogabilidade, parece-me, fica bem atrelada ao lançamento de expansões. Trata-se de um jogo que agradará mais aos fãs da série.

Quanto à nossa partida, nós levamos vara, porque o contador da data estelar chegou a 30 e os Klingons invadiram o planeta. :-/

Parada para almoço e retorno com Resident Evil Deck Building Game com Chris e Lucas.


Jogamos no Modo Mercenário, com 15 rodadas, pontos de vida bem limitados (zerou, morreu) e contagem de corpos. Esta é a modalidade da qual mais gosto por ser bem rápida (apenas 15 rodadas) e frenética. Quando um jogador começa a matança de zumbis (o que, no nosso caso, foi o Lucas), todos são obrigados a entrar na dança pra ter oportunidade de pontuar bem no final. Chris e Lucas acabaram morrendo antes do final do jogo; venci com eliminação deles, apesar de ter uma boa contagem em número de condecorações.

Para fechar o evento, rolaram 3 partidas de Cthulhu Dice com Chris e Lucas, onde cada um de nós venceu uma. Bem democrático.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ameritrasher X Eurogamer

Batalha épica no Covil do Zombie com uma disputa entre eurogamers e ameritrashers.

O Campo de Batalha: Dust Tactics.
Time de Ameritrashers (jogando com os Aliados): Lucas, Chris Santos e Zombie.
Time de Eurogamers (jogando com o Eixo): Warny , Fel e Eduardo (participação especial pra fechar o quorum).
A Missão: os Aliados têm de invadir a base inimiga com pelo menos uma unidade e plantar uma bomba no meio do cenário. O Eixo, por sua vez, ganha se impedir tal intento.
Operativos: dois andadores pesados, 3 esquadrões e um herói para cada lado.


A princípio, faríamos equipes mistas. Mas fomos devidamente desafiados e respondemos ao chamado, mostrando que um bom ameritrasher não foge à luta.

Palavras não conseguiriam traduzir com perfeição a magia da partida. Por conta disso, gravei 3 vídeos pequenos que retratam bem o decorrer da joga:






Final da Missão: vitória dos Aliados (ameritrashers), que conseguiram armar a bomba no meio do cenário e ganharam o embate de Dust Tactics. E, de bônus, passaram o rodo no exército inimigo, que terminou a partida com apenas um único esquadrão.


Moral da história: eurogamer não sabe fazer rolamento de cubo. XD

Quanto ao jogo, Dust Tactics me agradou. Os componentes são de primeira linha (padrão FFG Big Box de qualidade), os cartões são laminados, os tiles são bem ilustrados e resistentes, as minis são muito bonitas e extremamente detalhadas (apesar da ausência de pintura). A mecânica e a jogabilidade são muito boas, o que torna o jogo bem rápido (contanto que você não jogue com um eurogamer) sem algumas das aporrinhações dos wargames de miniaturas, como ficar usando trena pra tudo e discussões homéricas sobre linha de visão e cobertura total ou parcial. As regras foram elaboradas pra resolver tudo isso de maneira rápida e eficiente. Para os que desejam uma versão mais simples de um wargame de mini, Dust Tactics serve perfeitamente.

Após a vergonhosa performance, Warny e Fel se retiraram do Covil. Com a chegada de Beto, pusemos em mesa o Tannhäuser do Lucas com a equipe customizada do BPDP, personagens do universo do Hellboy.


A primeira coisa que tenho a dizer: o cara (infelizmente não sei quem é, mas pode ser encontrado no site BGG) que adaptou os personagens do universo Hellboy para o Tannhäuser fez um trabalho primoroso. Criou fichas, marcadores, itens e poderes novos para garantir uma imersão perfeita no jogo. E tudo funciona redondinho. O Hellboy, como é um personagem muito poderoso, é tratado como épico, para dar uma balanceada nas equipes. Nota 10 para a adaptação.

A segunda: esta partida conseguiu, finalmente, me mostrar porque tantas pessoas gostam de Tannhäuser. Foi rápida, equilibrada e frenética. Em 3 rodadas, tudo estava resolvido. Mudei minha concepção sobre o jogo.

Dito isto, vamos à joga. Chris Santos e Lucas escolheram a equipe do BPDP, enquanto Eduardo, Beto e eu escolhemos os alemães. O mapa escolhido foi o Priorado de Tesla. A missão foi a de capturar bandeira. O Hellboy é um personagem realmente poderoso ideal para este tipo de missão, pois anda nove casas por rodada, possui atributos físicos altos e 5 pontos de vida (!!). Ou seja, uma vez que ele ponha as mãos vermelhas em uma bandeira, será difícil você arrancá-la dele. Apesar disso, conseguimos ganhar a partida com uma bela ajuda da dona sorte. Matamos o Abe Sapien na primeira rodada e, na segunda, conseguimos expulsar o agente de campo do BPDP que estava guardando a segunda bandeira da qual precisávamos. Evitamos o combate físico ao máximo, pois todos os personagens do Lucas e do Chris tinham algum bônus contra criaturas ocultistas ou paranormais, ou seja, os alemães que usamos. Tudo acabou na terceira rodada, quando pegamos a segunda bandeira e corremos como se o capeta estivesse atrás de nós (o que era quase verdade).

Findo o jogo, Chris Santos teve de puxar o carro. Então, os remanescentes aproveitaram para estrear minha cópia de Munchkin Zombies.


Não sou nada imparcial para falar de Munchkin Zombies. Gosto de jogos de zumbis e de Munchkin. Logo, não tinha como não gostar deste. A variação apresentada em Munchkin Cthulhu já era realmente muito boa, mas a presente neste jogo é realmente hilária. Todas as cartas estão repletas de altíssimo grau de humor negro. Para quem gosta do tema, este é indispensável.

A partida não foi finalizada por conta do adiantado da hora, mas estava bem acirrada entre Beto, Lucas e eu, com o Eduardo logo atrás com um ponto de diferença.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

RPGCON 2011

Neste final de semana rolou em São Paulo, no Colégio Santa Amélia, mais uma edição da RPGCON, o maior evento de RPG do país. Tivemos ainda a primeiríssima edição da BGCON, convenção de jogos de tabuleiros da realização de FUNBOX - LUDOLOCADORA, CEILIKAN JOGOS, HIDRA JOGOS, dentre outras. Fui em companhia do pessoal da CARAVANA SURREAL (o que, por si só, já vale a viagem e é sempre uma grande farra) e dei uma conferida no evento, um pulinho no sábado e outro no domingo.

Os amigos da Caravana Surreal: Felipe, Diana, Eduardo, Cecy, Lucas, Cristina, Fel (em pé), 
Christiano e Salvador (ajoelhados).

Tirei o dia de sábado para fazer turismo em Sampa. No final da tarde cheguei no evento com o resto da galera e demos uma volta pelo local, vendo de tudo um pouco. Encontramos Luciano Giehl em uma mesa de Rastro de Cthulhu e os amigos Warny e Fel na BGCON, mais especificamente na área da FUNBOX - LUDOLOCADORA, jogando e ensinando os novatos. No mesmo local estava sendo lançado o jogo Pássaros pela Ceilikan Jogos, com a presença de seu autor, Marcos Macri.

Warny e Fel jogando Pássaros com o criador, Marcos Macri (de costas).

Depois, fomos com Chris Santos até a área reservada para os M.I.B.s da Steve Jackson Games. Aproveitamos o resto do tempo para jogar algumas partidas de Zombie Dice.


No final do sábado, após o jantar, rolou uma reunião no quarto de Chris Santos e Cristina Neves, onde aproveitamos a oportunidade para conhecer a novidade do Chris Santos, o Frag - Gold Edition.

Cariocas encarando o frio da noite de São Paulo com uma partida de Frag.

Este tabuleiro é um verdadeiro dice fest para ameritrasher nenhum botar defeito. Como a caixa mesmo diz: "Trata-se de um jogo de computador fora do computador", no melhor estilo Unreal Tournament. Em Frag, o objetivo é detonar os seus adversários e quem conseguir 3 contagens de corpos, vence o jogo. Para isso, os jogadores pegam diversas armas e proteções ao longo da partida, que é feroz e rápida. Muita diversão e cubreada para quem curte o gênero (como este que vos fala). Altamente recomendado.

Domingo, após um lauto café-da-manhã no bairro da Liberdade, parti pra RPGCON devidamente acompanhado com os amigos da Carava Surreal logo no começo da tarde, onde tivemos tempo de aproveitar o evento com mais calma. Consegui ver todas as salas, exposições e eventos com calma.

Aproveitei o embalo para pegar com o pessoal da Funbox (valeu, Vanessa!!) a minha cópia do cardgame CONfusão, criado por Gustavo Nascimento, e que estava sendo distribuído gratuitamente ao longo de todo o evento.

Vanessa da Funbox e eu, Zombie, com a expansão do cardgame CONfusão

Ainda não tive a oportunidade de jogar, mas já li as regras. Pareceu-me uma mistura bem interessante de mecânicas: a escolha de personagens parece bastante com Citadels e Mission: Red Planet, enquanto a resolução de ações lembra o Cash'n'Guns. Jogarei assim que puder.

Depois da caça ao tesouro, encontrei com alguns caravaneiros (Crises, Lucas, Salvador e Edu) para mais uma partida de Frag - gold edition.

Segundo round de Frag.

A segunda partida foi ainda melhor do que a primeira (apesar de eu ter apanhado que nem boi ladrão), com um índice ainda maior de cubreadas e armas muito mais poderosas.


Quando acabou nossa joga, os organizadores já estavam colocando as cadeiras nas mesas e fechando tudo. Era hora de voltar ao Rio.

As fotos que tirei do evento estão na barra lateral.

Agora, quanto ao evento no geral, ele teve pontos altos e baixos.

O Ruim:
- A falta de organização persiste. O que se relevou na primeira RPGCON pela falta de tempo não tem mais desculpa para existir e se tornou intolerável. A galera de staff não consegue dar nenhuma informação precisa sobre o que acontece onde e quando.
- A logística de se trocar dinheiro por fichas acaba ficando bem quebrada nas últimas horas dos dias de evento, pois o pessoal encarregado das trocas fica sem as fichas pequenas e acabamos pagando R$ 10 para comprar uma garrafa de água que custa apenas R$ 2.
- O espaço da BGCON era ínfimo, com poucas mesas.
- O número de lojas, de stands e de material a ser vendido diminui a cada evento.
- A exposição de esculturas ficou relegada a apenas uma pequena mesa do que antes era uma sala inteira com workshop.

O Bom:
- A BGCON dentro da RPGCON, dando mais espaço e notoriedade aos jogos de tabuleiro.
- O lançamento do cardgame CONfusão.
- Bazar Medieval.
- Feira de RPG independente, com o lançamento no Brasil de Fiasco e de 3:16.
- grupo de swordplay.
- As mesas de RPG continuam cheias.

A grande questão é que o evento diminui a cada ano que passa. Se continuar neste ritmo, receio que ele não chegue a durar tanto quanto o evento que lhe antecedeu, o EIRPG, deixando-nos sem um evento nacional.

sábado, 2 de julho de 2011

Eu Quero Ver o Okko!!!

Ontem rolou uma joga privé no Covil do Zombie. Marcaram presença Lucas e meu irmão Raphael. Beto, infelizmente, teve um imprevisto de última hora e deu apenas uma passadinha rápida. Baiano, que havia confirmado presença, ainda está em algum lugar da Praça Saens Pena chegando...

Assim que Lucas chegou, começamos uma partida de Okko: Era of the Asagiri. Ele usando os demônios e eu, os caçadores de demônios.


Okko: Era of the Asagiri é um jogo de minis (apesar da caixa básica vir apenas com modelos de papelão e as minis ter que comprar por fora). Trata-se de um tatics bem legal para dois jogadores, com cenários bem bonitos e componentes com uma ótima arte. A jogabilidade é boa também, usando um rolamento de dados antes de cada rodada para habilitar (ou não, em caso de muuito azar) o uso dos poderes especiais de cada personagem, possibilitando muitos combos. Eu mesmo havia cogitado a compra de uma cópia pra mim, mas acabei comprando outros jogos no seu lugar.

Jogamos a aventura básica, ideal para jogadores iniciantes se acostumarem com as regras e seus meandros (como no meu caso). Três lutadores pra cada lado e o último em pé é o vencedor.

A batalha foi muito disputada e, num lance de sorte, consegui deitar 2 lutadores do Lucas numa mesma rodada, o que me deu certa vantagem (mas não me garantiu a vitória). Com a chegada do meu irmão, resolvemos parar a luta pela metade. Lucas ficou com um lutador de pé, enquanto terminei com dois.

Logo depois colocamos em mesa o Touch of Evil com a expansão, Something Wicked, no modo cooperativo.


Fazia muito tempo que não jogava o ATOE, que pode ser reduzido a uma versão resumida do Arkham Horror. O que não é nada depreciativo. Foi muito bom jogá-lo de novo. A expansão tornou o jogo bem mais difícil e interessante (e o aproximou ainda mais do jogo da Fantasy Flight, trazendo, inclusive, uma organização secreta que adora uma entidade extraplanar. Coincidência?), além de trazer um novo tabuleiro a ser juntado ao antigo, além de novas cartas, heróis e vilões.

Em nossa partida, a criatura a ser enfrentada era o Monstro do Pântano que, além dos desafios normais, também cuida de afundar o vilarejo de Shadowbrook. Usei uma das personagens novas, a vampira. Bem interessante e aprovada.

A partida foi apertada. Com muito esforço conseguimos evitar que o shadowtrack ficasse abaixo da metade. Mas o bicho realmente pegou quando fomos sair no tapa com o vilão. O miserável se regenerava no final de cada rodada. Na terceira rodada de luta, já estávamos bem arrebentados, mas pagamos pra ver e resolvemos continuar a luta. No final, o Monstro do Pântano foi derrotado, mas apenas o Lucas ficou de pé pra contar a nossa estória.

Agradecimento especial ao Beto que passou no Covil apenas para entregar a camiseta que ele e Lucas me compraram. Gostei muito (mas nem precisava dizer - hehehehe).


Valeu pela camiseta, meus queridos. Será usada em São Paulo com muito gosto na semana que vem!