segunda-feira, 28 de março de 2011

Jogas rápidas do Finde

Neste final de semana rolaram duas jogas rápidas.

A primeira foi no Castelo das Peças, evento mensal de jogos de tabuleiro organizado pelo amigo Alexander, que rolou neste sábado lá no Spoleto do Largo do Machado do amigo Caldas.

Estava cansado paca por conta de uma semana bem puxada de trabalho. Por isso, passei mais para rever os amigos e conversar do que para jogar. A casa, como de costume, estava lotada.

Assim que o Fel chegou, montamos uma mesa de A Game of Thrones - LCG com João e André.


Jogamos com 4 casas diferentes: Fel pegou o baralho de Targarien; João com Baratheon; André com Lanister; e fiquei com Stark, como de hábito.

Usamos baralhos de campeonato (Fel achou no BGG e coube a mim a tarefa de montar a porra toda, bem como o encargo de fazer as devidas substituições no caso de ausência de cartas) o que tornou o jogo bem mais rápido e dinâmico. A partida acabou na 4a rodada, com vitória do João com os 15 pontos de poder. André ficou em segundo com 13 pontos e fiquei logo atrás com 12. Fel, ainda pegando o jeito do AGoT - LCG, ficou com 8 pontos.

Gostei tanto do jogo que ontem mesmo já montei os decks das casas Greyjoy e Martell para uma partida usando a regra variante para 6 jogadores.

Domingão, a Cecy teve um compromisso (chá de bebê) ao qual mui educadamente declinei do convite. Rapidinho cuidei de armar uma joga no Covil. Compareceram Fel, Beto, Lucas e Juliene. Baiano ainda está chegando :-) .

Enquanto Beto não chegava, Fel colocou em mesa seu Alien Frontiers. Jogo de alocação de dados muito bom, mais rápido e simples que Troyes e Kingsburg, mas sem ser simplório ou perder o fator diversão. Agradou-me muito e penso seriamente e comprar uma cópia. Tom Vassel fez um ótimo review sobre o jogo:



A partida foi rápida. Comecei dando um sprint e, a cada rodada ou conseguia uma nova nave, ou fazia terraplanagem para colocar uma colonização no tabuleiro. Juliene e Lucas vinham logo atrás e Fel por último. Nas duas últimas rodadas, Fel honrou a tradição de mosca-morta e, com duas cubreadas, conseguiu roubar meus pontos, me ultrapassar e fechar a partida. Os pontos de vitória do jogo são poucos e a contagem é bem apertada. Fel ficou com 9; Juliene e eu com 6; e Lucas com 5.

Finalizando a tarde, Beto Fel e eu jogamos uma partida de Biblios (Scripts & Scribes). Não consegui pegar direito a mecânica do jogo e passei a maior parte da partida sem entender o que aconteci. Não me apeteceu, não. Fel ganhou (de novo) com 8 pontos; Beto ficou com 5 e terminei com 4.

sábado, 12 de março de 2011

Torre das Peças - março

Fechando definitivamente (assim espero) o Carnaval 2011, tivemos hoje nossa edição mensal da Torre das Peças, organizada pelo Warny no Spoleto do Caldas.

Marcado para começar às 11hs, uma boa leva já estava presente na Galeria São Luiz antes do começo do evento, inclusive este que vos fala. Mais uma cabeçada chegou após o almoço e, com isso, quase toda área designada aos tabuleiros ficou ocupada.

Warny, Groo e eu havíamos marcado uma partida de Battlestar Galactica com as expansões Pegasus e Exodus. Assim, fomos uns cubras que chegaram cedo. Ballard e Bruno apareceram para compor a mesa. Logo depois Pedro se juntou a nós. Após uma learning session sobre a última expansão do BSG, a Exodus, começamos a jogar por volta de 12:30.

Diante do horário avançado, a galera começou a imprimir um ritmo de jogo que eu mal conseguia acompanhar. Mas dava pra levar. A coisa começou a complicar pra mim com as novas regras da expansão e um baita maré de azar. Apenas para dar uma situada: minha personagem, a Kat, uma piloto, teve seu caça destruído antes do término da primeira rodada completa. Ao chegar no sick bay, tirei o trauma tokem de crise e ela deu um tiro na cabeça. Perdi a primeira personagem. Peguei outro piloto e, na rodada seguinte, fui à luta de novo. No quadrante no qual estava, de repente apareceram uma nave-base e 7 naves cilônias. Adivinha? Mais uma vez levei chumbo no rabo e parei na sick bay de novo.

Estava na quarta rodada do jogo, passara mais tempo no sick bay da BSG do que em qualquer outro lugar, não conseguia usar minhas cartas e já não estava mais entendendo porra nenhuma do que estava acontecendo no jogo. Atirei a toalha e passei o bastão para um conhecido do Groo que estava por perto, sabia as regras e mostrava mais interesse do que eu. Reconheci minha falta de aptidão e passei a bola pra quem faria um trabalho melhor do que o meu.

Humanos confabulando sobre como tentar derrotar os dois cilônios, Warny e Ballard

Depois vim a saber que tanto Warny quanto Ballard eram os cilônios infiltrados e que conseguiram ganhar a partida de BSG dizimando a população da Galactica, que chegou a 8 pulos de distância.

Nesse meio tempo, juntei-me a Flávio, Rogério e João para uma joga de Troyes.

Flávio ensinando a galera a jogar Troyes

Já vira o tabuleiro na casa do Flávio e lera a resenha no blog do Cacá. Ou seja, tava pilhadaço para jogar. O grande problema quando isso acontece é que, na maioria das vezes, a expectativa sobrepuja a realidade do jogo. Com Troyes, isso não aconteceu. O jogo é melhor do que eu esperava. Fazendo uma comparação bem leviana, ele me lembra uma versão bem melhorada e aprimorada do Kingsburg, com tabuleiro, cartas e componentes de ótima qualidade. Para um jogo que aparenta uma certa complexidade, ele é bem rápido. Quatro rodadas e pronto. Já tá na wish list.

Quanto à nossa partida, Flávio ganhou com 32 pontos; Rogério ficou com 27; fiz 25; João terminou com 23 pontos de vitória.

Após o Troyes, mantivemos o quarteto para uma partida de 7 Wonders.

Partida rápida de 7 wonders

Outro jogo do qual gostei bastante e que estou sentindo que vai me esvaziar o bolso. Quanto mais jogo, mais gosto. Como os jogadores não eram marinheiros de primeira viagem, a partida foi bem acelerada. Acho que durou 30min, mais ou menos. Il Jandorno levou mais essa com 52 pontos; João e eu empatamos com 47 pontos; Rogério logo atrás com 45.

Com a saída de Flávio, Rogério e eu chamamos Groo, Lorena e Shamou (este jogou com os zumbis) para uma divertidíssima partida de Zombie Plague, da Baiano Editions.

Zumbis invadindo e pernas pra que te quero

Foi uma partida rápida, tensa e, sobretudo, engraçada. Durou um pouco menos de uma hora e os humanos conseguiram vencer lacrando todas as entradas da igreja e matando os zumbis que entraram.

Acho que o ponto alto da joga foi a corrida do Groo pelo tabuleiro inteiro, de uma ponta a outra, buscando entrar na Igreja pela única porta não bloqueada, enquanto o Shamou mobilizou toda a sua legião de mortos-vivos para catar o Groo. A hora do "vai malhado!" foi tão engraçada que não conseguia parar de rir e a galera das mesas do entorno já estava ficando meio fula da vida conosco. Shamou imitando seus zumbis foi um show à parte.

Em meio a tantos eurogames, é bom saber que a galera ainda se diverte (e como!) com um bom e velho ameritrash.

Por fim, segue apenas um pequeno recado: Flávio, Shamou encontrou um meeple verde do seu Troyes vagando por aí. Tomei a liberdade de trazê-lo comigo e guardar junto com meus jogos de zumbis.

Meeple verde trincado escondido dentro do banheiro

Pensei que seu meeple fosse reclamar um pouco, mas ele está sendo um ótimo convidado. Desde que entrou na caixa do meu Zombie Plague, ele não emitiu um único pio (apesar de ter ouvido um barulho estranho de marteladas). Acho que está tudo OK. Devolvo pra vc no próximo encontro.

terça-feira, 8 de março de 2011

Bloco do Eu Sozinho

Depois de bancar o folião ontem no Bloco do Sargento Pimenta, resolvi ficar em casa hoje para dar uma desacelerada. Aproveitei a tarde para colocar em mesas alguns de meus jogos que têm modo solo. Os escolhidos de hoje foram: Conquest of Planet Earth, Resident Evil Deck Building Game e Space Hulk: Death Angel.

Os escolhidos da tarde

Comecei com o Conquest of Planet Earth porque ainda não conhecia a mecânica solo. Muito interessante. Você joga com um ou mais grupos de aliens e enfrenta o tabuleiro, que começa com grupos de resistência espalhados. Os humanos ficam bem mais difícil, desenvolvendo armas especiais no decorrer da partida, chamando reforços a cada duas rodadas (pelo menos) e com tracking de 10 rodadas, após a qual os terráqueos criam uma mega-hiper-arma que destrói todos os discos voadores.

A invasão em estágio avançado

É claro que a experiência não é a mesma de se jogar acompanhado (a menos que você tenha algum grau de esquizofrenia ou dupla personalidade), mas a jogabilidade é muito interessante e continua muito divertido. Consegui vencer na quinta rodada. Fiquei todo confiante e joguei de novo com o grau de dificuldade maior. Desta vez o tabuleiro me bateu. E doeu.

Depois foi a vez do Resident Evil Deck Building Game (já espero ansioso pelo lançamento da expansão e pela chegada das cartas promocionais que comprei no site do BGG). Joguei a primeira partida no modo standard. Sem grandes emoções (monótono, às vezes). Quase como jogar o bom e velho "paciência", mas com um baralho de cartas bem mais caro. Como não há pressão, você leva o tempo que quiser e acaba se acomodando. Depois de morrer uma vez e quase 45 minutos de jogo, consegui matar o chefão Uroboros e terminei com 31 condecorações.

Jill Valentine se prepara pra entrar em ação

Procurei na internet por alguma variante e achei uma interessante, na qual você é obrigado a explorar a mansão (ou seja, lutar contra os mortos-vivos) a cada rodada. Fica beeem mais legal. E difícil também. Você começa tomando piaba de tudo que é lugar a toda hora e tem de correr atrás do prejuízo, se armar e partir pra cima. Infelizmente não consegui fazer essa última parte e fui derrotado pelo jogo. De agora em diante, modo solo do Resident Evil Deck Building Game, só assim, sem marasmo ou tempo de descanso.

Finalizei a tarde com uma partida de Space Hulk: Death Angel. Como já jogara antes no modo solo, estava acostumado com a mecânica e a partida foi bem rápida. Como sempre, começa tranqüilo, apenas administrando e matando uns poucos gene stealers que aparecem. No final é que o caldo engrossa. Consegui detonar ativar o código de detonação com o último dos meus space marines.

Carnajoga na Barra

Domingo de Carnaval nublado, moroso e tépido. Até que Flávio aparece com convite para uma joga na Barra e salva o dia. Quando cheguei com Groo e Fel, Victor já estava lá.

Iniciamos os trabalhos do dia com Turf Master, tabuleiro de corrida de cavalos com duas mecânicas bem interessantes: a) a velocidade dos cavalos ora é determinada por cartas (cujos valores variam de 3 a 12), ora por rolamento de 2D6, alternativamente; b) sistema de handcap, onde os 3 cavalos que estão na frente são obrigados a utilizar cartas de menor valor ou rolamentos menores para correr, dando chance para os que estão atrás e mantém a emoção da partida.

Os jockeys na tensão se preparando para a largada

A partida é resolvida com o somatório de pontos obtidos ao final de 3 corridas: 1º lugar - 50 pontos; 2º lugar - 30 pontos; 3º lugar - 20 pontos; 4º lugar - 10 pontos. Obtivemos os seguintes resultados após as 3 corridas:
corrida 1 - Groo; Flávio; eu; Fel; Victor
corrida 2 - Fel; eu; Groo; Victor; Flávio
corrida 3 - Fel; Flávio; Groo; Victor; eu (o infeliz do meu pangaré perdeu o fôlego antes de cruzar a linha final)
No final da partida de Turf Master Fel foi o grande vencedor com 110 pontos; Groo ficou com 90; Flávio com 60; eu com 50; Victor com 20.

Depois partimos para um jogo bem farra, o Last Call: The Bartender Game.

Victor e Groo fazendo seus drinks

Neste jogo, cada um de nós é proprietário de um bar com uma lista de 4 drinks a fazer (com dificuldades de 2 a 5 tipos de bebida) e, para tanto, temos de usar os garçons para mover as garrafas de bebida de um lado para o outro. Bem divertido. Quanto melhor você fizer seu drink, menos cubos de gelo recebe. Ganha a partida aquele que possuir menos cubos de gelo o que, em nosso caso, foi o Groo, com apenas 3 cubos. Fel ficou com 5; Flávio e eu ficamos com 6 cada; Victor ficou com 8.

Assim que o Cacá e Caldas chegaram, Victor colocou em mesa o 7 Wonders, jogo de draft muito maneiro, que se destaca tanto pelas belas ilustrações quanto pela jogabilidade (fácil e intuitiva).

Depois da terceira era, a contabilização dos pontos

Cacá ganhou a partida de 7 Wonders com 65 pontos. Caldas veio logo depois com 53. Victor em terceiro com 47. Groo e eu ficamos com 40 pontos. Fel ficou com 38 e Flávio com 35.

Sim, Fel, fiquei na sua frente :-)

Mais sessão de jogos farra para relaxar antes de mergulhar nos eurogames propriamente ditos. Jenga Max (uma boa variação do Jenga clássico) foi a bola da vez. Todos jogaram, inclusive a Cecy e a Giovanna (filha do Flávio). Depois de muita cubreada alheia, acabei derrubando a porra toda na última peça e perdendo a partida.

Giovanna dando surra nos marmanjos

Passamos depois para o Jungle Speed, mais um dos jogos de destreza que apenas o Flávio encontra. Basicamente, cada jogador vai virando uma carta da sua pilha. Quando duas iguais aparecerem na mesa, esses dois entram em duelo e têm de pegar o totem que fica no centro da mesa. Quem vencer, entrega sua carta para o perdedor. Ganha quem conseguir ficar sem carta na mão, proeza esta realizada pelo Cacá.

Groo e eu na disputa pelo totem

Com a chegada de Bouzada, tivemos de abrir duas mesas simultâneas: uma de Troyes (Caldas, Victor, Cacá e Fel) e outra de Antics (Groo, Flávio, Bouzada e eu).

Uma galera no Troyes ...

... e outra no Antics

Ao jogar Antics, percebi que vida de formiga é cascuda. Nunca pensei que poderia ser tão difícil buscar folhas e presas, enquanto se desenvolve seu formigueiro e eclodem os ovos. Ademais da poluição visual do tabuleiro, os componentes são muito bons e, apesar de não ser a minha praia, sou obrigado a reconhecer que a mecânica é interessante. O jogo possui um timming bem específico para a povoação do tabuleiro (tem uma hora na qual aparecem os tamanduás, que passam o rodo nas formigas). Tentei fazer um baby boom antes do tempo e me arrebentei de uma maneira tal que não consegui me recuperar. Passei a fazer figuração enquanto a galera disputava. Resultado final: Flávio - 23; Bouzada e Groo - 16; eu - 8. Bem triste, não?

No mesmo tempo, a galera do lado terminava a sua joga de Troyes, com vitória empatada de Fel e Cacá, cada um com 39 pontos.

Bateu a minha hora e tive de vazar. Conhecer Troyes ficará para a próxima oportunidade.

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval no Covil

Aproveitando o clima ameno (raridade) por conta de uma garoa que rolou o dia todo, bem como para fugir do carnaval que assola o Rio, rolou uma joga hoje aqui no Covil.

Ilustres presenças de Errante, Crises, Salvador e Moreto.

Enquanto Chris Santos, Moreto e eu tentávamos resolver um problema no meu laptop, Tia Cris, Errante e Salvador abriram os trabalhos com uma partida de Zombie Dice, com vitória esmagadora de Salvador.


Depois de reunidos todos na sala, colocamos em mesa um dos meus preferidos: Red Dragon Inn.


Este eu não jogava já há algum tempo. Eu peguei o Ladino e fui o primeiro a rodar (clássico). Logo depois saíram Chris Santos (Bardo) e Salvador (Clériga). Moreto (Guerreira) resistiu bravamente por 6 rodadas com apenas uma moeda de ouro, mas acabou por perdê-la e foi eliminado. A final ficou entre Tia Cris (Ilusionista) e Errante (Ogro), com vitória tranqüila deste.

Continuamos em ritmo de farra e Robo Rally foi o próximo da noite.


Muita cabeçada e confusão. Trombadas, empurrões e tiros a torto e a direito. Houve várias quedas ao longo da partida. Moreto caiu três vezes e foi eliminado. Tomei tanto dano que tive de fazer um power down para me recuperar. E Salvador ficou rodando que nem peru tonto. Vitória da Tia Cris (de novo), que conseguiu passar nas 3 bandeiras. Chris Santos, Errante e Salvador conseguiram passar na primeira bandeira. Eu, nem isso.

Para fechar a noite com chave de ouro, partida dupla de Dixit, com direito à expansão Dixit2.

Tema: Neil Gaiman. Já descobriu a carta?

Disparada, foram as melhores jogas que já tive. Saíram as coisas mais inusitadas, graças ao bolo de chocolate com calda de brigadeiro que acabou rolando. Foi de Neil Gaiman, passando por Alan Moore e David Bowie, chegando a Punyo e "achei um narcejão". Não foram poucas as vezes nas quais a partida foi suspensa por conta de acessos de gargalhadas coletivas. Quem não comeu o bolo no começo, teve de comer durante a partida para acompanhar o ritmo.

A primeira partida acabou: Cecy; eu; Chris Santos; Moreto; Tia Cris; e Salvador. A segunda acabou de forma parecida: Cecy; eu; Moreto; Chris; Cris; e Salvador.

Sem sombra de dúvida, foi uma das jogas mais engraçadas que já rolou no Covil do Zombie.