segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Mehinaku - Primeiras Impressões

Desde que a Riachuelo Games anunciou o lançamento de seu primeiro jogo de tabuleiro, o Mehinaku, estava ansioso em poder conhecer esta iniciativa 100% nacional (tanto na criação, quanto no desenvolvimento e na ambientação).


Hoje tive o prazer de participar de algumas partidas como play-tester ao lado dos criadores Antônio Marcelo e Flávio Jandorno.


O Mehinaku ainda está na fase final do processo de adaptação para o mercado internacional, mas gostei do que vi. A arte do tabuleiro, das cartas e de alguns componentes está boa e ajuda na ambientação.


Tampouco farei um review completo para não estragar a graça da surpresa.


O jogo é cooperativo e cada um dos jogadores representa uma das principais personalidades (cacique, pajé, caçador, trabalhador e trabalhadora) dentro da tribo indígena que dá nome ao tabuleiro, trabalhando para o desenvolvimento e prosperidade da mesma, contra as adversidades que o próprio jogo nos lança a cada rodada (o que me lembra Pandemic, Touch of Evil e Shadows Over Camelot) por meio das cartas de eventos.


Além do desafio de manter a tribo alimentada a cada rodada (em caso de falta de comida, a tribo diminui), temos que fazer a prospecção de diferentes tipos de recursos em áreas específicas e delimitadas no tabuleiro (estilo Stone Age, com rolamento de dado para determinar o grau de sucesso na tarefa) para erigir construções (com diversas finalidades, como armazenar os bens, treinar mais índios e abrigar mais índios) e aplacar a fúria de um Deus Maligno.


Caso o marcador de Ira Divina atinja seu patamar pré-determinado (que varia entre 15, 20 e 25, dependendo da dificuldade da joga), os jogadores perdem. Caso a população da tribo caia para zero (o que pode ocorrer por fome, peste ou carta de evento), também ocorre a derrota. Ganhamos apenas quando o índice de população chega ao número estabelecido de acordo com o número de jogadores (varia entre 12, 16 e 20).


Para nos dar uma força, recebemos cartas de recursos e de benefícios. Entretanto, em meio a estas cartas, está a carta de possessão. O jogador que tirá-la deixará de ajudar a tribo e passará a jogar contra ela (tal como ocorre em Shadows Over Camelot e Battlestar Gallactica).


O jogo é bem mais complexo do que isso e não se resume apenas em fazer construções básicas e administrar os recursos. Não pode ser considerado um heavy game (não é um brain burner), mas se não houver estratégia por parte dos jogadores na administração dos recursos e das desgraças, uma partida considerada ganha descamba para a derrota em duas rodadas, como bem aprendi em nossa terceira joga.

4 comentários:

  1. Maneiro Zombie... Estou muito na pilha para jogar o Mehinaku... o que ví da arte e dos componentes me chamou bastante a atenção...

    Abraços...

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  2. Cacá,

    o Mehinaku, além de não ser um jogo pesado, está realmente bem divertido e a mecânica ficou legal.

    Nossas partidas duraram em média um hora.

    Quando aparece o possuído, a cubreada rola solta.

    Realmente vale a pena conferir.

    Abrax

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  3. Sábado na Torre vai ter Mehinaku !!! Todos estão convidados !

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