sábado, 19 de setembro de 2009

A NOITE DOS QUE NÃO BAIANARAM

Nesta quarta rolou mais uma edição do COVIL DO ZOMBIE em minha humilde residência.
As presenças confirmadas eram: Fel, Zé e Antônio Marcelo, que jurava de pé junto que viria desta vez. Entretanto, a exemplo de nosso amigo Luciano, figura mitológica do cenário lúdico carioca, baianou, ou seja, “estou chegando” ad eternum... O Chris, infelizmente, não pôde comparecer por conta do trabalho (fica pra próxima, meu querido).

Acabamos por montar uma sessão de três jogadores (Fel, Zé e este que vos fala), o que ficou longe de impossibilitar uma boa noitada de jogatina.

O Fel, dada sua proximidade, foi o primeiro a chegar de novo, o que está se tornando uma boa prática, pois nos possibilita abrir uma mesa de jogo para dois antes da chegada dos outros convidados.

Assim, a cada COVIL DO ZOMBI, o Fel traz um jogo diferente. A bola da vez foi o ZÈRTZ, um jogo abstrato bem bacana. O “tabuleiro” é formado por discos negros com um pequeno orifício no meio (ou, como diriam o pessoal do Casseta & Planeta, o famoso “preto com buraco no meio”), que são dispostos na mesa de maneira a formarem um hexágono com o cumprimento de quatro discos. Após, o interior do hexágono é preenchido com outros discos. Esta tarefa acabou se mostrando um pouco mais desafiadora do que Fel e eu esperávamos. Apenas conseguimos montar o “tabuleiro” da forma correta depois da terceira tentativa. Não sei se isso aconteceu dado o nível de abstração do jogo ou pela nossa quase total inépcia em termos de visão especial. Prefiro não perder mais tempo conjecturando sobre o assunto.

O objetivo do jogo é papar as bilhas (que são de três cores: brancas, cinzas e negras) postas no “tabuleiro” pelo seu adversário, o que acontece no melhor estilo de JOGO DE DAMAS. Ganha aquele que conseguir colecionar primeiro 3 bilhas de cada cor ou 4 brancas ou 5 cinzas ou 6 negras.

O jogo é bem simples, mas está longe de ser simplório. A cada rodada, um jogador coloca uma bilha da cor que quiser em cima de um dos discos do tabuleiro e, depois, retira um dos discos da área exterior do “tabuleiro” OU usa uma das bilhas já posta no tabuleiro para comer as outras. Ou seja, ou você coloca uma bilha nova no tabuleiro ou utiliza uma antiga para pegar as outras, sendo que, se for criada uma situação na qual se possa comer uma bilha, o jogador é obrigado a fazê-lo, tal qual a armadilha que se monta do JOGO DE DAMAS.

As regras, claro, são mais complexas do que isso. Não pretendo esgotar o tema, mas apenas fazer uma breve explanação sobre a jogabilidade do ZÈRTZ, pois gostei muito.
Na partida em que jogamos, a sorte de principiante prevaleceu e ganhei do Fel, conseguindo coletar três bilhas de cada cor.

Com a chegada do Zé, guardamos o ZÈRTZ e abrimos o COLORETTO, um cardgame filler muito bom (e que, por isso mesmo, acabou não saindo da minha casa).

Na primeira partida, optamos pela pontuação tradicional: quanto mais cartas de uma mesma cor, mais pontos. Eu ganhei com 39 pontos, seguido pelo Fel com 37 e o Zé com 23. Na partida seguinte, utilizamos o que o Fel chama de “lado cruel”. Nesta outra opção, a pontuação é totalmente diferente: com três cartas, você obtém a 8 pontos. A partir daí, os pontos vão decaindo conforme a quantidade das cartas vai crescendo. Cara, é bem cruel mesmo. O resultado final foi bem apertado: Fel com 22 pontos, Zé com 21 e eu com 20.

Depois, puxamos o ESCALATION, filler clássico.

Após a primeira partida, obtivemos o seguinte resultado: eu com 13 cartas, Fel com 18 e Zé com 23. A princípio, parecia que eu levaria esta, até que o Fel veio com a idéia de alongar a partida, fazendo um número de rodada igual ao número de jogadores e somando todos os resultados parciais. Pareceu-me interessante, até descobrir que tudo não passava de uma armadilha do Fel, que pretendia armar uma cubreada forte com o Zé para a minha queda.

Assim, a segunda rodada foi de 33 cartas para mim, 9 para o Zé e 13 para o Fel. Leve mudança no cenário, não? A terceira foi de 32 cartas para mim, 16 para o Zé e 7 para o Fel.O final do jogo: Fel, o grande armador, em primeiro lugar com 38 cartas; Zé em segundo com 48; e eu, em último, com 78 cartas.

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